Como Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para pesquisa, referência no diagnóstico e treinamento em Arbovírus, tem as seguintes atribuições: identificar e caracterizar amostras de arbovírus e realizar o diagnóstico sorológico das arboviroses; conduzir inquéritos sorológicos para a detecção de anticorpos para certos arbovírus em determinadas áreas, manter protótipos de arbovírus, participar de estudos colaborativos, dar consultoria sobre arboviroses, realizar estudos estruturais, de patogênese e de caracterização molecular dos arbovírus isolados na Amazônia brasileira.
Milhares de amostras de arbovírus foram isoladas e identificadas na SAARB - entre novembro de 1954 e dezembro de 2004. São 196 tipos diferentes de arbovírus e certos vírus de vertebrados, dos quais 163 foram isolados pela primeira vez no Brasil. Destes, pelo menos 100 já foram confirmados como tipos novos para a ciência. As atribuições da SAARB são: pesquisar e identificar doenças causadas por arboví rus; estabelecer ciclos biológicos de transmissão; desenvolver estudos sobre a ultra-estrutura, patogenia e biologia molecular dos arbovírus. Além disso, a SAARB realiza estudos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, incluindo biologia molecular e técnicas de diagnóstico rápidas e/ou clássicas, das doenças causadas por esses vírus. A SAARB também realiza estudos sobre os vírus da Raiva e Hantavirus que têm aspectos ecológicos comuns com os arbovírus.
Na Amazônia Brasileira são conhecidos 34 tipos de distintos de arbovírus responsáveis por infecções humanas. Dentre eles, quatro tipos são as mais comuns e representam grande problema de saúde pública: dengue, febre amarela, Oropouche e Mayaro. O vírus dengue e da febre amarela têm sido os únicos, até o presente, associados com quadros fatais.
O vírus oropouche, entretanto tem sido associado com quadros de meningite cuja recuperação dos pacientes é demorada, mas ocorre sem seqüelas aparentes. O mayaro tem sido responsável por quadros febris agudos acompanhados de exantema e artralgias. Outras importantes arboviroses são as associadas às encefalites, que na Amazônia tem como representantes os vírus das encefalites eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, e o vírus da encefalite de Saint Louis. Afora esses, diversos outros arbovírus têm sido isolados de casos de doença febril aguda, incluindo os vírus do super grupo Bunyamwera: arbovírus dos grupos C e Guamá, e os vírus Tacaiuma, Guaroa, Tucunduba e Xingu, dentre outros.
Grupo de pesquisa: ARBOVÍRUS
Linhas de pesquisa:
- Estudos ultraestruturais de arbovírus;
Grupo de pesquisa: EPIDEMIOLOGIA DAS ARBOVIROSES / EPIDÊMICAS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Linhas de pesquisa:
- Estudo de epidemias de dengue incluindo dengue hemorrágica;
- Estudo de epidemias de febre amarela;
- Estudo de epidemias de outras arboviroses;
- Estudos da circulação endêmica das arboviroses epidêmicas.
Grupo de pesquisa: CLÍNICA DAS FEBRES HEMORRÁGICAS TRANSMITIDAS POR VÍRUS
Linhas de pesquisa:
- Epidemiologia clínica da Febre amarela;
- Epidemiologia clínica do dengue hemorrágico.
Grupo de pesquisa:BIOLOGIA MOLECULAR DOS ARBOVÍRUS E VIRUS CAUSADORES DE FEBRES HEMORRÁGICAS
Linhas de pesquisa:
- Caracterização molecular de Flavivírus;
- Caracterização molecular de Hantavírus;
- Caracterização molecular de Orthobunyavírus;
- Caracterização molecular de Phlebovírus.
Grupo de pesquisa: HANTAVÍRUS
Linhas de pesquisa:
- Epidemiologia clínica da Febre amarela;
- Epidemiologia clínica do dengue hemorrágico.
Grupo de pesquisa: RAIVA
Linhas de pesquisa:
- Caracterização antigênica de amostras de vírus rábico;
As pesquisas sobre arbovírus objetivam a caracterização antigênica e genética dos vírus, patologia microscópica e ultraestrutural, patogenia, ecologia e epidemiologia dos mesmos, bem como a taxonomia de culicideos, culicoides e flebotomíneos transmissores dos mesmos. Atualmente estão sendo desenvolvidas pesquisas sobre: técnicas rápidas para diagnóstico de arbovírus patogênicos para seres humanos; estudos sobre o método ELISA para detecção de IgM e IgG; procedimentos de biologia molecular tais como RT-PCR e seqüenciamento nucleotídico.
Paralelamente, realizam-se pesquisas sobre a patogenia experimental de certos arbovírus protótipos e de novos vírus, permitindo reconhecer o tropismo viral para determinados órgãos, o que contribuí para o desenvolvimento de modelos experimentais e conhecimento das alterações histológicas causadas pelos arbovírus da Amazônia. Estudos sobre a caracterização ultra-estrutural dos arbovírus também vêm sendo realizados, especialmente com isolamentos de prováveis novos arbovírus, para a determinação da classificação taxonômica.
Significativa parcela das atividades de investigação cientifica é levada a efeito a partir de convênios firmados com várias entidades.
O Laboratório de Biologia Molecular (LBM) da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas conta com instalações modernas e equipamentos de última geração para a realização de técnicas de Biologia Molecular como suporte à pesquisa e ao diagnóstico laboratorial das arboviroses, principalmente do vírus dengue (VDEN), vírus da febre amarela (VFA), vírus do Nilo Ocidental (VNO) e vírus Oropouche (VORO), bem como de outros arbovírus patogênicos ou não para o homem. O laboratório encontra-se subdividido em núcleos denominados: i) Núcleo de Diagnóstico e Pesquisa em Biologia Molecular onde são realizados: o diagnóstico molecular dos VDEN, VFA, VORO, dentre outros arbovírus de importância em saúde pública; desenvolvimento de métodos moleculares para o diagnostico rápido das arboviroses (RT-PCR e qRT-PCR); ii) Núcleo de clonagem e expressão protéica utilizado para construções de plasmídeos e experimentos de expressão e purificação de proteínas virais; e iii) Núcleo de Seqüenciamento e Bioinformática destinado ao seqüenciamento de DNA e análises em bioinformática (anotação gênica, filogenia, evolução). O laboratório ainda apresenta como anexo o Núcleo de Imunopatologia Experimental que realiza estudos em imunopatologia utilizando animais (camundongos e hamsters) como modelo experimental do estudo de arbovírus.
O LBM vem contribuindo para a formação de recursos humanos abrangendo a área de biologia molecular mediante: i) realização de cursos sobre Diagnóstico Molecular de Arbovírus; ii) Apoio ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/IEC/CNPq); iii) Apoio aos cursos de Pós Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários do Instituto de Ciências Biológicas e em Medicina Tropical do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará para a formação de novos Mestres e Doutores.
O NSEQBIO tem como objetivo disponibilizar o serviço de seqüenciamento nucleotídico automatizado aos pesquisadores, alunos de Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Colaboradores eventuais vinculados a Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do IEC. O NSEQBIO está equipado com dois seqüenciadores automáticos modelos ABI 377 e ABI 3130 (Applied Byosistems), um Real-Time PCR, termocicladores, centrífuga refrigerada para precipitação da reação de seqüenciamento (rotor para placas) e computadores para análise computacional. Para solicitar os serviços acesse o:
formulário on-line de pedidos.
Suporte online: nseqbio@iec.pa.gov.br
Produção por seção científica:
- Coleção Biomedicina e Saúde Pública
Produção por pesquisador:
- Elisabeth Salbé Travassos da Rosa
- Jorge Fernando Soares Travassos da Rosa
- Pedro Fernando da Costa Vasconcelos
Produção por contratados com a UNESCO, PROJETO 914BRA2009 VIGISUS II SVS:
- Daniele Barbosa de A. Medeiros
- Marcio Roberto Teixeira Nunes
A Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas segue o horário de funcionamento de 7:30h às 16:30h, de segunda a sexta-feira.
SAARB:
E-mail: saarb@iec.gov.br
Telefone: +55 (91) 3214-2298